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Bruno Tozato
Tozato Paisagismo
Projeto de Reflorestamento - Bosque.

Projetode Paisagismo do Bosque Colina de São Francisco, parque urbano com área de 55023.90 m² e com aspecto de bosque situado na região Centro Oeste de São Paulo junto a condomínios residenciais. Deste foi solicitado área de 10.000 m² para recomposição florestal com perfil de área de preservação permanente sendo solicitado a escolha de um ecossistema respectivo ao Estado de São Paulo. Para o paisagismo do parque foi escolhido apenas espécies respectivas ao Bioma selecionado (Mata Atlântica).
Atividadesrelacionadas ao Parque - contemplação, esporte, recreação infantil e conservação de recursos naturais. Segue abaixo solicitações para o desenvolvimento do projeto:
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pistas de caminhadas;
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áreas de contemplação;
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espaço cultural;
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playground;
- área de reflorestamento;
- proposta eco sustentável.
Imagem da delimitação do terreno Bosque Colina de São Francisco cedida pelo SENAC Santa Cecilia.
Ao entrar no Parque - Bosque Colina de São Francisco depara-se com uma pista de caminhada ladeando toda a delimitação do terreno e tendo uma via cortando o centro do mesmo, sendo interligado a outras vias secundarias de forma de elipse e cercado programado, com arvores formando tuneis verdes e maciços de Manacás-da-serra sombreando os bancos que o bordeadeiam ideais para efetuar um breve repouso após uma caminhada. Em ambas entradas a direita do visitante depara-se com maciço de Araucárias, estes tem como pavimento placas de arenito formando linhas paralelas e intercalados com grama e a esquerda lagos ornados com vegetação colorida e bem tropical, ambas sendo prefeitas para um piquenique ou contemplação.
Nas imagens abaixo há um paralelo entre o espaço atual e o confeccionado para o projeto.

Imagem aérea do Parque - Bosque Colina de São Francisco.

Planta Baixa - Bosque Colina de São Francisco.
Prancha confeccionada em Autocad impressa em papel vegetal A1, com tratamento gráfico - lápis aquarelavel, giz pastel, caneta nanquim e caneta hidrográfica.
No espaço cultural um pátio circular com arquibancadas a sua volta como antigos teatros Gregos no intuito de ser utilizado por moradores com finalidade de reuniões ou até mesmo peças de teatro das escolas próximas. Para o playground estruturas verticais e tubulares dispostas de forma aleatória dando a impressão de uma mini cidade, teve como inspiração a área de recreação infantil do Parque da Cidade Joventino Silva (Salvador - Bahia). Ao lado da área de Revegetação, um lago com Deck Elevado com altura próxima as copas dos Manacás e quedas a'dagua intercaladas com lindas jardineiras floridas.

Playground
Imagem retirada do livro - PARQUES URBANOS NO BRASIL.

Perspectiva com dois pontos de fuga.
Prancha confeccionada em papel manteiga A3, caneta hidrográfica, giz pastel e lápis pastel.
Revegetação
Para área de preservação permanente foi escolhido o Bioma de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa), para elaborar o reflorestamento foi delimitada uma área de 10.000 m² com tal finalidade sendo aproximadamente 20% da área total do parque, para viabilizar este procedimento a área foi dividida em 41 "blocos" de 240 m², desta foi acondicionada uma faixa de 10 m de largura em toda sua volta (área de amortização).
Das 35 espécies selecionadas para o reflorestamento foram divididas em dois grupos: não pioneiras (30 espécies de arvores) e pioneiras (05 espécies de arvores) foi escolhido o modelo de linear de plantio onde mudas dos dois grupos são plantadas de forma intercalada, desenvolvendo naturalmente os diferentes processos ecológicos sucessionais.
No grupo de espécies de arvores não pioneiras foi adotado alguns requisitos:
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aproximadamente 20% das espécies se encontram em alguma categoria de ameaça de extinção;
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60% das espécies tem como dispersão efetuada por animais (zoocorica);
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diferentes épocas de floração abrangendo todos os meses do ano;
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diferença de porte;
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necessidade de luminosidade;
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enriquecendo a bio diversidade não repetindo gêneros das espécies escolhidas.
Abaixo encontra-se o modelo do bloco de reflorestamento com espécies adultas.


Modelo de revegetação.
Tabela modelo elaborada com imagens retiradas do livro - ÁRVORES BRASILEIRAS: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil vol. 01, 02 e 03.
Eco Sustentavel
Sugerido como proposta a construção de um Meliponário, esta pratica consiste na implantação e criação de abelhas silvestres nativas, para mantê-las primeiramente precisa analisar a existência de floradas (pasto apícola), ou seja, as espécies de flores da região; devemos anotar as épocas em que as floradas ocorrem, a presença de água potável, evitar correntes de ventos que possam prejudicar o voo das abelhas. O meliponário é regulamentado pela resolução CONAMA nº 346, publicada em 17 de agosto de 2004 no Diário Oficial da União.

Vale mencionar que abelhas nacionais não são agressivas e não possuem ferrão não oferecendo risco para quem as manipule nem outros indivíduos que circulam no perímetro do apiário sem mencionar o alto custo do mel produzido e valores medicinais.
Das espécies de árvores selecionadas em ambos os grupos encontra-se flores meliferas e as florações abrangem todo ano.
De todas alternativas eco sustentáveis a escolha do Meliponário é uma se não a mais adequada, ocorrera a polinização das espécies gerando uma maior quantidade de frutos e atraindo a fauna silvestre para o bosque, levando em consideração que algumas espécies de abelhas nacionais já encontram-se ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo.
A sugestão do Meliponário é uma alternativa não somente para a economia local mas também para a preservação da biodiversidade de fauna e flora brasileira lembrando que em um ecossistema todos os organismos são correlacionados formando um equilíbrio perfeito, a falta de polinizadores acarreta na extinção das plantas e consequentemente dos animais afetando diretamente o homem.
Bibliografia
Lorenzi, Harri , 1949 – Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreasnativas do Brasil, vol. 1, 2 e 3. – Nova Odessa , SP: Instituto Plantarum, 2000.